quarta-feira, 1 de junho de 2011

Um pouco mais de mim....

Amo a loucura do Ateliê, onde me debruço em minhas telas, papéis e tintas, meus netos não atrapalham o meu trabalho e nem minha concentração, pelo contrário eles me proporcionam mais estimulo de criar mais.
            Sempre gostei de pincelar, criar minhas obras e me apaixonar por minhas  esculturas, rabiscar desenhar vestidos e fazer moldes para os modelos que criava, mas nunca me imaginei em uma exposição.
            Hoje a exemplo do livro de Faya Ostrower : “Acasos da Criação” onde ela declara em seu livro que, “não existe criação artística sem acasos” para Fayga Ostrower, que além de artista é também professora, ela explica em seu livro que para o artista a idade não é importante o importante é ter a força e a sensibilidade de projetar a emoção, que sentimos com as experiências adquirida ao logo do tempo”.
Graças a Deus isso eu tenho de sobra, um grande amor, que já dura mais de 30 anos amigos fiéis uma família linda cinco netos, gosto de viajar, construí meus recantos para minhas reflexões, na serra em Teresópolis onde passo o natal com a família, e tenho um lindo recanto na praia onde passo as férias  com as crianças, moro em um bairro muito agradável o Leblon que fica na Zona Sul do Rio de Janeiro, costumo festejar datas comemorativas em minha residência acompanhada da família e de amigos, amo o teatro, cinema e gosto de acompanhar tudo que se refere a arte.
            Hoje me encontro com data marcada para exibir meus quadros, estou com frio na barriga!  mera coincidência ou apenas esse momento já estava projetado no meu “eu” há bastante tempo?  estou em uma roda viva, um livro sobre Patrimônio Histórico para ser lançado em Paris com a oportunidade de receber uma comenda... Tudo isso me deixa um pouco assustada mas feliz, pois me sinto realmente viva e disposta a receber esses agrados da vida.... Sou uma artista que ama Manet, Monet, Renoir, mas admiro muito Kandinsky o inventor da arte abstrata ele foi o primeiro a abandonar toda e qualquer referência à realidade reconhecível, adoro a precisão das linhas de Mondrian um arquiteto  da ordem e harmonia na arte de pintar. Eu sou uma artista que gosta da luz natural, ao mesmo tempo no silêncio da noite fico imaginando traços cores e me pego quase em delírio.
Quando percebi o significado de arte atribuído a um simples pedaço de tronco de madeira trabalhado com o objetivo simbólico de eternizar-se como uma obra de arte, e que qualquer coisa pode passar pela minha imaginação impulsionando o desejo de criar  obras, explorando e transformando através das cores, da luz testando nova textura, sei a importância  da angustia e do prazer, no momento da fruição, sei também da importância absoluta no momento da criação que passa para o julgamento do expectador, que passa a ser cúmplice e responsável por desnudar a alma do artista.
Acredito que se os Artistas resolvessem retroagir e criar artes  dirigidas e figurativas, estas perderiam a sua razão de arte abstrata, que tem seu mais alto conteúdo na emoção, impulso, e liberdade de criar, afinal as obras que não tem comprometimento com regras se libertam elas certamente representam fielmente, o interior do Artista que por conseguinte proporciona, uma total cumplicidade com o expectador que fica imbuído da responsabilidade de desnudar a  alma do Artista.      


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